Conferência Trovoada de Ideias
5 fevereiro 2020 | 09H30 | Iscte

 

 

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Entrada livre sujeita a inscrição em bit.ly/TrovIdeias

Resumos e mais informação sobre o Projeto Trovoada de Ideias abaixo.

 


 

O projeto Trovoada de Ideias

 

"Inclusão Linguístico-social dos Estudantes dos PALOP no Ensino Superior Português” é uma intervenção de investigação-ação centrada na inclusão multidimensional (linguística, cultural e social) de estudantes africanos internacionais fluentes em normas portuguesas diferentes do português utilizado e exigido no ensino superior em Portugal.

 

Atualmente em curso, este projeto assume duas necessidades fundamentais. Em primeiro lugar, promover um conhecimento mais aprofundado sobre os repertórios linguísticos comunicativos e competências de cada estudante, por duas vias:

 

  • Reconhecendo as variedades africanas da língua portuguesa e os contextos sociolinguísticos de cada país de origem (as quais constituem normas legítimas formalmente reconhecidas pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2010, 2013 e 2016 (Planos de Ação de Brasília, de Lisboa e de Díli); 
  • Promovendo um conhecimento mais informado das diferenças entre os sistemas educativos nos países de origem e o ensino superior no país de acolhimento, considerando as práticas escolares anteriores dos estudantes ao longo de 12 anos de escolaridade em português língua materna (L1) ou língua segunda (L2).

 

 

Em segundo lugar, assumimos a necessidade de identificar respostas mais eficientes e adequadas de inclusão social e académica destes estudantes internacionais nas instituições de ensino superior portuguesas. Consequentemente, pretende-se contribuir para uma internacionalização mais eficiente e sustentável do sistema de ensino superior (também) através da língua portuguesa; assim como potenciar as redes internacionais implicadas na mobilidade internacional destes estudantes no ensino superior, onde a língua portuguesa deve desempenhar um papel central como língua de conhecimento partilhado à escala global.

 

Finalmente, pretendendo que o português seja reconhecido como uma língua inclusiva que garanta o acesso ao conhecimento de todos e cada um dos seus falantes no mundo, é objetivo desta conferência refletir sobre questões estruturantes da mobilidade internacional de estudantes fluentes em diferentes normas do português, em diferentes países do mundo em que o português é língua de ensino.  Assim:

 

  • Tendo em conta a crescente internacionalização da língua portuguesa noutras esferas, que políticas linguísticas de internacionalização da língua portuguesa existem para as Instituições de Ensino Superior portuguesas?

 

  • Sendo desejável que a mobilidade internacional entre os estudantes de língua portuguesa seja simultaneamente multicultural e inclusiva, qual deverá ser o papel da diversidade e da variação da língua portuguesa nestes processos?

 

  • Finalmente, como desenvolver o repertório linguístico-comunicativo em português dos falantes e escreventes africanos – estudantes internacionais – e dos ouvintes e leitores portugueses – comunidade académica?

 

 

Algumas Publicações

Pinto, Paulo Feytor; Matias, Ana Raquel (2018), “Trovoada de Ideias – Português Académico para Estudantes dos PALOP”, em Anais de do Simpósio Internacional SIPLE 2017 – PLE/L2: Contextos, Usos e Práticas de Ensino, 30-31 outubro 2017, FLUL, Portugal. 

Matias, Ana Raquel, Pinto, Paulo Feytor (forthcoming), "Inclusion in higher education of students fluent in stigmatised norms of the Portuguese language"

Pinto, Paulo Feytor (2020), Trovoada de Ideias, recursos didáticos de Português Académico para estudantes internacionais dos PALOP. Lisboa: CIES.

 

 

Trovoada de Ideias - equivalente de brainstorming em português angolano.

 

Site do projeto

 

 


 

 

PROGRAMA

 

 

9h00 REGISTO E SESSÃO DE BOAS-VINDAS

Ana Raquel Matias e Paulo Feytor Pinto 
Coordenadores do projeto Trovoada de Ideias / CIES e APEDI


Maria das Dores Guerreiro 
Vice-reitora para as Relações Internacionais Iscte


9h30 PAINEL: PLURICENTRISMO E NORMAS AFRICANAS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Gilvan Müller de Oliveira

Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo, UFSC, Florianópolis, Brasil 


Comentários: Margarita Correia FLUL; CELGA-ILTEC/UC

 

Resumo: O termo “língua pluricêntrica” vulgarizou-se nos últimos tempos como uma qualificação contemporânea e positiva para o português, mas em geral destacando mais a sua oficialidade e uso em vários países e continentes e menos o que o termo implica para a gestão da língua. A existência de um sistema de normas, cada uma gerida por um diferente país – que é o que faz uma língua ser pluricêntrica – nos fala hoje de dominâncias, hierarquias, discriminação e de exclusão. As diferentes normas podem competir entre si mas podem também cooperar. A teoria das línguas pluricêntricas, ao nos permitir entender estas relações de poder, nos ajuda a modificá-las, rumo a uma visão mais horizontal e multicultural, própria de uma língua que se quer internacional. Vamos discutir, portanto, como as normas africanas emergem no século XXI e modificam o sistema binário do século XX, constituído pelas normas lusitana e brasileira da língua.

 


10h45 - 11h00 PAUSA PARA CAFÉ

 


11h45 PAINEL: RECURSOS DIDÁTICOS 
Paulo Feytor Pinto

Cocoordenador do projeto / APEDI e CELGA-ILTEC/UC


João Paiva Monteiro

Laboratório de Competências Transversais / Iscte


Bamé Domingos Nancassa

Estudante internacional da Guiné-Bissau  / Iscte

 

Resumo: Neste painel serão apresentados recursos didáticos desenvolvidos no âmbito do projeto Trovoada de Ideias (2016-2020) e experimentados com 22 estudantes, essencialmente guineenses e angolanos, de duas turmas de Português Académico, unidade curricular (UC) do Laboratório de Competências Transversais (LCT-IUL), no ano letivo 2018-2019. O painel iniciar-se-á com o contexto institucional de oferta formativa em Português Académico dirigido a estudantes internacionais africanos escolarizados em português, de todos os cursos e de todos os ciclos de estudo do Iscte, em particular, estudantes recém-chegados a Portugal. Seguir-se-á a apresentação de dois recursos didáticos. Em primeiro lugar, um livro do professor com todos os recursos utilizados e experimentados durante a docência da UC. O livro tem 27 conjuntos de recursos didáticos, distribuídos por 8 capítulos: pluricentrismo da língua portuguesa, sons do português de Portugal, expressões idiomáticas portuguesas, apontamentos, textualidade, tipos de textos, produção de géneros textuais escritos e questionários de autoavaliação. Em segundo lugar, um curso de ensino a distância, ainda em construção, a partir dos recursos incluídos no livro. Este curso constitui, por isso, um exemplo de operacionalização dos recursos do livro, num contexto de ensino-aprendizagem com restrições e potencialidades metodológicas muito específicas. Por fim, o painel encerrará com o ponto de vista duma estudante guineense da UC acerca dos materiais.

 


13h00 PAUSA PARA ALMOÇO

 


14h30 PAINEL: TRAJETÓRIAS ESCOLARES E BIOGRAFIAS LINGUÍSTICAS

Ana Raquel Matias

Cocoordenadora do projeto/CIES-Iscte&nbsp


Bela Jardim e Teresa Santos Neves

Serviço de Ação Social / Iscte

 

Mariana Évora e Tamilton Teixeira

Mentores no Programa de Mentorado PALOP / Iscte

 

Resumo: Este painel visa a discussão de três áreas de intervenção do projeto Trovoada de Ideias (2016-2020), cujo foco incide na necessidade de repensar estratégias de inclusão social de estudantes internacionais. Primeiro, iremos identificar biografias escolares e linguísticas de estudantes internacionais africanos que frequentaram a UC Português Académico, com enfoque nas autorrepresentações dos estudantes enquanto falantes de português ao longo de todo o seu percurso escolar. Em segundo lugar, apresentam-se as principais linhas de orientações pedagógicas e sociais de uma brochura para docentes universitários. Por último, propõe-se um primeiro balanço da unidade curricular formativa de estudantes-mentores que trabalham na receção dos novos estudantes internacionais africanos (Projeto de Mentorado PALOP).

 

 

15h45 PAINEL: A TRANSIÇÃO - DO NÍGER CONGO, LÍNGUA OESTE ATLÂNTICA AO AFRO ROMANCE DE BASE LEXICAL PORTUGUESA, PARA O PORTUGUÊS, LÍNGUA INDO-EUROPEIA NEOLATINA. (O CONTACTO LINGUÍSTICO)

Incanha Intumbo

Instituto Internacional da Língua Portuguesa (CPLP), Praia, Cabo Verde

 

Comentários: Ana Josefa Cardoso

CLUNL; Ag. Escolas Vale da Amoreira

 

Resumo: Quando há mais de cinco séculos, navegadores portugueses empreenderam as mais ousadas viagens para o Sul e sempre para o Sul, como lhes ordenara o Navegante, iniciavam etapas da globalização moderna, pelo menos em termos culturais. Certamente não imaginaram os impactos de tal empreendimento que, de imediato, pôs em contacto línguas de natureza diferente do ponto de vista fonético-fonológico e morfossintático e que de seguida, resultou no nascimento de afro-romances híbridos que hoje se afirmam como línguas autónomas e funcionais na África e na Ásia e que se interrelacionam com ele e influenciando-se.

Hoje, o português, língua pluricêntrica usada por diferentes povos nos cinco continentes, vem despertando interesse um pouco por todo o mundo. É a língua mais fala no hemisfério Sul e enriquece-se pelo contacto com as demais línguas ao seu redor nos aspetos vocabular, fonético-fonológico e morfossintático, consequência da sua vivacidade e graças aos seus vários centros e usuários.

A mobilidade do século XXI tem vindo a contribuir para a revelação dessas novas variedades cujos alguns aspetos gramaticais serão discutidos nesta apresentação.

 


17h00 RELATORES FINAIS

Representante do Núcleo de Estudantes Africanos NEA-Iscte

Docente e Investigadora Integrada CIES-Iscte

 

 


 

Biografias dos oradores

 

Gilvan Müller de Oliveira (gimioliz@gmail.com) é Professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina, professor do Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura da Universidade Federal da Bahia, e Secretário Executivo Interino da MAAYA - Rede Mundial de Multilinguismo, com sede em Paris. Atualmente dirige a Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo (2018-22), com sede na UFSC, e que envolve 22 universidades em 13 países.

Membro Correspondente da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP, desde 2017), e Coordenador do Programa de Políticas Linguísticas do Núcleo de Educação para a Integração (NEPI) da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) (2017-21).

Graduou-se em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1985); mestre em Linguística Teórica, Filosofia e História na Universidade de Konstanz, Alemanha (1990), sob a orientação de Peter Auer; Doutor em Linguística na Universidade Estadual de Campinas (2004). Realizou um primeiro pós-doutorado na Universidade Autônoma Metropolitana Iztapalapa, no México, e um segundo pós-doutorado nas Universidades de Hyderabad, na Índia e na Universidade Estatal Russa para as Humanidades em Moscou, na Rússia (2019).

Coordenador Geral do IPOL – Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística, de Florianópolis (2002-10), e Diretor Executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) (Cabo Verde 2010-14). Prêmio Personalidade Lusófona do Ano do Movimento Internacional Lusófono (MIL, 2014); e Prêmio Meendinho, da Fundação Meendinho, por serviços prestados à Língua Portuguesa e à Galiza (2015).

 

Algumas publicações:

OLIVEIRA, Gilvan Müller de. Política linguística e internacionalização: a língua portuguesa no mundo globalizado do século XXI. Trab. linguist. apl.,  Campinas ,  v. 52, n. 2, p. 409-433,  Dec.  2013 .  

Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132013000200010&lng=en&nrm=iso . Accesso em  06  Jan  2020.

OLIVEIRA, Gilvan Müller de. O lugar das línguas : A América do Sul e os mercados linguísticos na Nova Economia.  Synergies Brésil n° spécial 1 - 2010 pp. 21-30.

Disponível em: https://www.gerflint.fr/Base/BresilSPECIAL1/gilvan.pdf. Acesso em 06 Jan 2020. 

OLIVEIRA, Gilvan Müller de (2016). O Sistema de Normas e a evolução demolinguística da Língua Portuguesa. In ORTIZ, Maria Luisa Álvarez e Gonçalves, Luis (Orgs.) O Mundo do Português e o Português no Mundo afora: especificidades, implicações e ações. Campinas, Pontes, pp. 25-43.

OLIVEIRA, Gilvan Müller de (2019). O multilinguismo em oito quadros. Dossier Multilinguismo: Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo. Cienc. Cult. vol.71 no.4 São Paulo out./dez. 2019. Versão On-line ISSN 2317-6660 disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0009-672520190004&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 06 jan 2020.

 

  

Margarita Correia (margarita.correia@gmail.com) concluiu doutoramento em Linguística Portuguesa pela Universidade de Lisboa em 2000, como uma tese sobre a formação dos nomes de qualidade em português. É docente do Departamento de Linguística Geral e Românica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa desde 1990 e Professora Auxiliar desde 2000.

Foi investigadora do Instituto Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) entre 1992 e 2014, tendo ainda sido membro da Direção (1999-2007 e 2008-2014), coordenadora da linha de investigação Léxico e Modelização Computacional (2007-2014), investigadora responsável (2010-2014) e presidente da direção (2012-2014).

Atualmente é investigadora integrada, coordenadora da linha Léxico e Modelização Computacional e membro da Comissão Executiva do CELGA-ILTEC (FLUC), unidade de I&D que resultou da fusão, em 2015, do CELGA e do ILTEC. Desenvolve atividade em Linguística Aplicada, especialmente nas áreas de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia (Neologia, Formação de palavras) e Política linguística. Nos últimos anos tem também orientado trabalhos no domínio ensino-aprendizagem do Português Língua Estrangeira / Língua Segunda. 

Com José Pedro Ferreira, coordenou os projetos VOP - Vocabulário Ortográfico do Português) e Lince - Conversor para a Nova Ortografia (2010), e ainda VOP - Vocabulário Ortográfico do Português, 2.ª edição (2017). Coordenou, com José Pedro Ferreira e Gladia Maria de Barcellos Almeida, o Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (CPLP e IILP, 2017). É, desde 2018, presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP).

 

 

Incanha Intumbo (incanha.intumbo.iilp@cplp.org) é Diretor Executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP, 2019/2020).

Natural da Guiné-Bissau, teve como língua materna o crioulo guineense, afro-romance de base lexical portuguesa e o balanta (língua africana Níger Congo Oeste Atlântica). Fez todo o seu percurso académico em língua portuguesa, tendo leccionado aulas de português e latim em Bissau, e aulas do crioulo guineense e de português a voluntários norte americanos do Corpo da Paz em Bissau (Guiné Bissau) e Praia (Cabo Verde).

Atualmente é doutorando pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, no âmbito do qual desenvolveu pesquisa linguística em Bissau, e Orléns (Université d´Orlénas) e breves passagens pela Université Paris VII (do Centre National de la Recherche Scientifique - CNRS). 

Licenciou-se na variante de Estudos Portugueses e Franceses na Universidade de Coimbra (2001), em 2006 conclui a pós-graduação em Linguística de Contacto, e em 2007 o mestrado em Linguística Aplicada comparando as gramáticas do crioulo guineense, a do português (superestrato) e a do balanta (uma das línguas do substrato do crioulo guineense), sob a orientação do Professor Catedrático John Holm. Obteve uma bolsa do Governo chinês para uma Capacitação em Gestão e Administração de Estabelecimentos de Ensino Superior, Hangzhou (China). Foi bolseiro do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology Leipzig (Alemanha), onde participou num estudo que comparou 121 traços gramaticais em cerca de 80 crioulos.

 

Algumas publicações:

(2013) Incanha Intumbo, Liliana Inverno, John Holm, “Guinea-Bissau Kriyol structure dataset”, In Michaelis, Susanne Maria & Maurer, Philippe & Haspelmath, Martin & Huber, Magnus (eds.) Atlas of Pidgin and Creole Language Structures (APiCS), Oxford, University Press and Online. Leipzig: Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology. (Available online at http://apics-online.info/contributions/33, Accessed on 2020-01-04.) 

(2008) “Balanta, Guine-Bissau Portuguese and Portuguese: a comparison of the noun phrase”, In Susanne Michaelis (ed.) Roots of creole structures. Amsterdam, Philadelphia: John Benjamins, 263-278 

(2008) Estudo comparativo da morfo-sintaxe do crioulo guineense, LINCOM Studies in Pidgin and Creole Linguistics, München, Alemanha 

(2005) Multilinguismo, Diglossia(s), e Planeamento Linguístico na Guiné-Bissau, in Associacao: Crioulos de Base Lexical Portuguesa e Espanhola, Universite de Oreans, France.

 

  

Ana Josefa Cardoso (ajgc1969@gmail.com) é natural de Cabo Verde e residente em Portugal desde 1975.

Licenciada em Ensino de Português/Francês, mestre em Relações Interculturais, doutoranda em Linguística na Universidade Nova de Lisboa. Desenvolve investigação nas áreas de Língua Cabo-verdiana, Bilinguismo e Aquisição de L2. 

É professora de Português e formadora nas áreas de Didática Específica de Língua Cabo‑verdiana, Educação e Multiculturalidade, Português Língua Materna e Não Materna. Participou em vários projetos escolares interculturais, com destaque para os projetos Turma Bilingue Português/Cabo-verdiano (2008-2012), Uma escola multilingue – Consciência linguística, aprendizagem de línguas e sucesso educativo em contexto multilingue (2012-2013).  ambos coordenados pelo ILTEC - Instituto de Linguística Teórica e Computacional, financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian e desenvolvidos no Agrupamento Vertical de Escolas Vale da Amoreira. 

Foi membro da Comissão Nacional para as Línguas de Cabo Verde e mentora de uma experiência‑piloto de Educação Bilingue em Cabo Verde (2013-2019). 

 

Algumas publicações:

CARDOSO, Ana Josefa (2008) O Crioulo e a sua Escrita num Percurso de Afirmação” in, ALMADA, José Luís Hopffer C. (2008), O Ano Mágico de 2006 – olhares retrospectivos sobre a história e a cultura caboverdianas, Praia, Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, pp.839-860. 

CARDOSO, Ana Josefa (2018)"Situação linguística de Cabo Verde: em português e na kabuverdianu", in Feytor-Pinto, Paulo & Melo-Pfeifer, Silvia (coord.) (2008). Políticas Linguísticas em Português, Lisboa, LIDEL-Edições Técnicas.pp.126-147.

 

 

Paulo Feytor Pinto (feytorpinto@uc.pt) é professor de Português, investigador integrado do Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada (CELGA-ILTEC), da Universidade de Coimbra, e colaborador do CEMRI, da Universidade Aberta. Mestre em Relações Interculturais (1999) e doutor em Estudos Portugueses, especialização em Política de Língua (2008). Foi presidente da Associação de Professores de Português (1997-2011), colaborou na redação do Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa (1992-95) e é autor dos livros Formação para a Diversidade Linguística na Aula de Português (1998), Como Pensamos a Nossa Língua e as Línguas dos Outros (2001), Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (2009) e O Essencial sobre Política de Língua (2010). É atualmente presidente da Associação de Professores para a Educação Intercultural, entidade cocoordenadora do projeto Trovoada de Ideias

 

 

João Paiva Monteiro (joao.monteiro@iscte-iul.pt) é subdiretor do Laboratório de Competências Transversais do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, com responsabilidades ao nível do ensino a distância e inovação pedagógica. Desenvolveu atividades de gestão de plataformas de e-learning e suporte técnico-pedagógico a docentes no ISCTE e na Escola Superior de Educação de Lisboa.

Possui Mestrado em Multimédia em Educação pela Universidade de Aveiro e Doutoramento em Tecnologias de Informação e Comunicação em Educação pela Universidade de Lisboa.  

Tem como áreas de interesse ensino a distância, inovação educacional e mudança organizacional no ensino superior, plágio no ensino superior, estudantes com necessidades especiais e desenvolvimento profissional do corpo docente em inovação pedagógica e tecnologias digitais. 

 

 

Bamé Domingos Nancassa, estudante de sociologia segundo ano no ISCTE-IUL. Estudou na Guiné Bissau desde de jardim infantil até ao 12.º ano, em 2013, tendo sempre estudado em escolas privadas, exceto no 11.º ano. Da 1.ª à 4.ª classe estudou na escola Prof. António José De Sousa, no 5.º e 6.º anos na escola Solidariedade, do 7º ao 10º ano estudou na Cooperativa Escolar Domingos Ramos, no 11.º ano no liceu nacional Kwame Nkrumah, e no 12º no Isaac Newton

Em 2013 vai para o Senegal (Ziguinchor), onde estuda línguas na Alliance Francaise, em 2014, e em 2015 frequentou na Universidade Católica o curso de Gestão de Organização em Ciências Políticas e Relações Internacionais. Em 2018 vem para Portugal, onde acaba por ingressar no curso de Sociologia do ISCTE-IUL. Foi Secretária da Direção dos Estudantes Guineenses em Ziguinchor entre 2015 e 2016. 

 

 

Ana Raquel Matias (Raquel_Matias@iscte-iul.pt) é professora auxiliar convidada no Iscte e Investigadora Integrada no CIES - entidade cocoordenadora do projeto Trovoada de Ideias. É doutorada em Sociologia pelo ISCTE-IUL (Lisboa) e pelo Instituto Nacional de Estudos Demográficos (INED, Paris). Desde 2003 que tem trabalhado na intersecção entre sociologias das migrações internacionais e sociologia da linguagem, comparando políticas de imigração, integração social e linguística, na Europa e em Portugal.

 

Organiza o ciclo de seminários: Políticas e Práticas Linguísticas em Portugal: Que escolas, imposições e resistências? (Iscte, desde 2018); Co-organiza os Encontros sobre Experiências Migratórias (Iscte, desde 2015); e as Mesas Redondas Interdisciplinares sobre Diversidade Linguística em Portugal e os Contextos Migratórios (parceria inter-institucional desde 2014); foi membro da comissão organizadora da 7.ª Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans “In/Visibilidades Negras Contestadas”,  4-6 Julho 2019 no Iscte.

 

Investigadora Colaboradora do CELGA-ILTEC (UC), Observatório de Emigração (OEm); RedeMigra; EDiSo - Associação de Estudos sobre Discurso e Sociedade; APEDI, tendo participado na Rede Cost Network New Speakers in a Multilingual Europe – Opportunities and Challenges, e no grupo de pesquisa de cidadãos RMIR - Refugiados e Migração, Iniciativas e Reflexões.

 

Algumas publicações:

(2019)“Pode a educação plurilingue constituir-se como educação anti-racista?” in MEDI@ÇÕES, V.7 n.2, 151-166 (c/ Pedro Martins); 

(2017)“O lugar das línguas imigrantes não-europeias na sociologia das migrações internacionais”, in Padilla, Beatriz, Joana Azevedo e Thais França (orgs.), Migrações Internacionais e Políticas Públicas Portuguesas, Lisboa, Mundos Sociais, 151-172 pp.;

(2016) Implementing training in Portuguese for Speakers of Other Languages in Portugal: the case of adult immigrants with little or no schooling”, in Language And Intercultural Communication, Vol. 16, Iss. 1, pp.1-18 (c/ Nuno Oliveira & Alejandra Ortiz).

 

  

Bela Jardim (bela.jardim@iscte-iul.pt) é colaboradora nos Serviços e Ação Social, integrando o Projeto Mentorado PALOP19/20. Tem Mestrado em Serviço Social  (ISCSP-UTL 2013), sendo que a sua tese sobre os Estudantes Oriundos dos PALOP no Ensino Superior Português.

 

 

Teresa Santos Neves (teresa.neves@iscte-iul.pt) Psicóloga do Gabinete de Aconselhamento ao Aluno do ISCTE-IUL. Desde 2011, em parceria com o GRI, desenvolveu e implementou o Projecto Buddy Mentoring, programa de mentorado de acolhimento e apoio à integração de estudantes estrangeiros no ISCTE-IUL. PhD em Psicologia da Universidade de Kent (Reino Unido) e pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa; Membro Associado da Sociedade Portuguesa de Psicanálise.

 

 

Mariana Évora, Mentora no Programa de Mentorado PALOP 

Licenciada em Antropologia pelo ISCTE-IUL (2018), com um semestre realizado na Universidad de Sevilla, ao abrigo do Programa Erasmus+. Foi membro da Direção do NEA-Núcleo de Estudantes de Antropologia do Iscte, e estagiária no CRIA- Centro em Rede de Investigação em Antropologia. Atualmente, frequenta o Mestrado de Estudos Internacionais no Iscte. 

 

  

Tamilton Teixeira, Mentor no Programa de Mentorado PALOP

Bacharel em Humanidades e licenciado em Sociologia na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB - Redenção, Ceará, Brasil), onde foi porta-voz da Associação dos Estudantes Guineenses e Membro do GEPAC- Grupo de Estudos e Pesquisa Amílcar Cabral. Atualmente, frequenta o Mestrado em Sociologia-Iscte. 

Foi Bolsista de programa de PIBIC- Programa de Institucional de Bolsas Iniciação Científica, e do protejo de extensão Poder Global em cena. Colunista do Jornal O DEMOCRATA (Guiné Bissau). Atualmente é membro da NEA-Núcleo dos Estudantes Africanos do Iscte onde é coordenador do Departamento dos Assuntos Académicos.