Tempo de espera: Imigrantes indocumentados e as diferentes noções de tempo
09 December 2020 | 18h

 

 

 

Resumo:

Como medem o tempo os imigrantes indocumentados durante o período em que aguardam um documento que lhes permita ter o estatuto de regularizado? Existe durante esta fase uma mesma noção de temporalidade?

Remetidos para as margens pela sua condição de irregulares, os imigrantes indocumentados sobrevivem no que consideram ser um tempo lento, gerador de ansiedade pela urgência de se documentarem e passarem ao enquadramento da imigração regular. Neste encontro, procuramos debater e analisar perspectivas simbólicas do conceito de tempo para os imigrantes indocumentados e o impacto social e emocional deste percurso até à resolução de um problema sem uma data concreta de conclusão.

 


 

 

Cecília Menduni Luís

É licenciada em Antropologia pelo ISCTE-IUL, mestre em Antropologia: Globalização, Migrações e Multiculturalismo, com uma dissertação sobre imigrantes indocumentados na cidade de Lisboa, associativismo, precariedade e economias informais. É investigadora Doutoranda Integrada no CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia e bolseira de doutoramento no ISCTE-IUL com um projecto sobre imigração indocumentada, políticas públicas, precariedade e processos de integração. (SFRH/BD/141895/2018)

 

 

Kishor Subba Limbu

Is a Cultural Anthropologist, Researcher, PhD Candidate at ICS-ULisboa, Portugal; M.Phil. and MA (Anthropology), Tribhuvan University, Kathmandu, Nepal.

Abstract: "Nepali migration in Portugal is a recent phenomenon. "Card ko lãgi" (literally, for the sake of the residency card) is a collective moral for struggling for the future than the immediate cash earning. "receiving residency card of the Portugal" has socially constructed "symbolic" meaning is starting of the European life, that means the life of the betterment, freedom, and economically independence and the like. "

 

 

Antónia Pedroso Lima
Doutorada em Antropologia pelo Iscte (2001). É professora no Departamento de Antropologia do Iscte, onde leciona desde 1989 e foi fundadora do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) a que presidiu durante 10 anos. As suas áreas de especialização são: relações familiares em sociedades contemporâneas, relações sociais em contextos urbanos, elites, empresas familiares, género, sexualidade, cuidado, emoções, migrações e património imaterial. Coordenadora de vários projetos de investigação científica, Antónia Pedroso de Lima tem diversas publicações em livros e revistas nacionais e internacionais sobre a família portuguesa em contextos urbanos, tendo como objetos de análise contextos tão diversificados como os bairros populares de Lisboa e as famílias da elite empresarial portuguesa. Atualmente, a sua pesquisa orienta-se para a área do cuidado e da reprodução social em situações de crise e precariedade.

 

 

Dilar Cascalheira

Dilar Cascalheira é licenciada em Psicologia Clínica pela Faculdade de Psicologia – UL, e em Ciências da Comunicação pela FCSH – UNL; encontra-se no processo de elaboração da dissertação de mestrado em Filosofia, que explora a ligação entre Ética e Estética, no cinema produzido e realizado pelos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne. É investigadora associada no IFILNOVA (Instituto de Filososofia da Universidade Nova de Lisboa) desde 2017, e trabalha no projecto transnacional DIALLS – Dialogue and Argumentation for Cultural Literacy Learning in Schools, no qual participam investigadores e professores de sete países diferentes, empenhados na criação de um programa de aprendizagem de literacia cultural, que apoie jovens e crianças na formação e desenvolvimento de aptidões e competências necessárias ao diálogo intercultural, compreensão mútua e acolhimento da diversidade cultural. Trabalhou durante vários anos em IPSS e escolas públicas, enquanto psicóloga clínica. Os seus principais interesses académicos encontram-se ligados aos domínios da filosofia da educação, antropologia filosófica, e estética.